sábado, 22 de maio de 2010
Crenças de Marina Silva criam atrito, e surge primeira dissidência no PV
O contraste entre as crenças de Marina Silva e as bandeiras libertárias que inspiraram a criação do PV provocou uma primeira dissidência no partido. Com palavras de ordem contra a pré-candidata ao Planalto, um grupo de militantes rasgou suas carteirinhas de filiação e articula o lançamento do Partido Livre, dedicado à defesa das minorias e de direitos individuais. Eles afirmam que a entrada da senadora, evangélica, fez o PV abandonar causas históricas como a legalização do aborto e a união civil de homossexuais. “Sofremos um estupro ideológico”, queixa-se a presidente do futuro partido, Rose Losacco. “Ajudei a fundar o PV e não posso admitir que joguem seu programa no lixo por causa das crenças de uma pessoa”, diz. Para receber Marina, os verdes criaram uma cláusula de consciência que permite a filiados se opor a itens do estatuto do partido por convicções religiosas. Avalista da ideia, o presidente do partido, José Luiz Penna, é o principal alvo dos rebeldes. “Ele parece o Fidel Castro, não sai nunca do poder. Está usando até aquele bonezinho verde”, ataca Rose. “Hoje o PV apoia todos os governos. Virou um partido de aluguel”. (Folha)
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