segunda-feira, 31 de maio de 2010

GOVERNO SARNEY ESPIONOU APÓS FIM DA DITADURA

Documentos do Arquivo Nacional, após 25 anos de sigilo, demonstram que o governo do atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), espionou os principais focos de críticas na sociedade civil. O Estado interceptou cartas, infiltrou agentes e produziu listas de nome e endereços dos principais protagonistas da oposição. Criado após o golpe de 64 e mantido por Sarney (1985-1990), o Serviço Nacional de Informações centralizava as informações na chefia do órgão em Brasília, que tinha status de ministério e ocupava sala ao lado da de Sarney, no Palácio do Planalto. Os relatórios revelam os principais focos de preocupação do governo: partidos de esquerda, entidades de trabalhadores rurais sem-terra, especialmente o MST -largamente o mais visado dentre todos -, religiosos da Teologia da Libertação, sindicatos e setores da mídia. Em 11 de dezembro de 1988, o SNI acompanhou a "primeira reunião da executiva nacional" do Partido dos Trabalhadores. A reunião era fechada, com cerca de 30 pessoas, dentre as quais Luiz Inácio Lula da Silva e José Dirceu. Todos os líderes do PT tinham fichas no SNI. Informações da Folha.

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