quarta-feira, 17 de agosto de 2011

FáBRICA QUE EMPREGAVA ESCRAVOS VENDIA PARA ZARA


Loja de departamento possuía peças confeccionadas por imigrantes explorados

Duas pequenas fábricas de confecção localizadas na Grande São Paulo foram flagradas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP) a empregar 15 pessoas (a maioria imigrantes) em regime de semiescravidão. Parte da produção atendia à marca Zara, pertencente ao grupo espanhol Inditex. De acordo com a publicação do sítio Repórter Brasil, fiscais do SRTE flagraram por três vezes os funcionários em condições desumanas, o que enquadra a prática na considerada escravidão moderna. Além das contratações completamente ilegais, foi constatada também a prática de trabalho infantil, condições degradantes, jornadas exaustivas de até 16h diárias e cerceamento de liberdade (os trabalhadores eram proibidos de deixar o local sem prévia autorização). “Por se tratar de uma grande marca, que está no mundo todo, a ação se torna exemplar e educativa para todo o setor”, afirma Giuliana Cassiano Orlandi, auditora fiscal que participou da ação. De acordo com ela, a descoberta ajuda também na informação ao consumidor de que marcas de luxo também podem estar atreladas a condições desumanas de produção. “Mesmo um produto de qualidade, comprado no shopping center, pode ter sido feito por trabalhadores vítimas de trabalho escravo”, explica. A Zara informou que a terceirização foi irregular e que trabalha para reparar o erro administrativo.(BN)

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