sexta-feira, 30 de abril de 2010

Grupo Tortura Nunca Mais critica decisão do STF sobre Lei da Anistia

A vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro (GTNM-RJ), Victória Grabois, criticou nesta quarta-feira, 28, a decisão do Supremo Tribunal Federal de rejeitar a ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pela revisão da Lei de Anistia para assim permitir que torturadores e assassinos da ditadura de 1964-1985 fossem julgados. Ela classificou no início da noite de “lamentável” o voto do relator, ministro Eros Grau, pelo arquivamento do processo, que foi seguido pela maioria dos integrantes da Corte. “Tínhamos esperança, Eros Grau foi preso na ditadura”, disse. Ela reconheceu, contudo, que não houve surpresa na decisão, já que pessoas ligadas ao Judiciário já teriam adiantado a ativistas do movimento de direitos humanos que seriam derrotados.“Isso (a decisão) demonstra o conservadorismo do Supremo” afirmou ela ao Estado. “Isso demonstra o conservadorismo da sociedade brasileira”. Victória atribuiu a violência atual do Brasil em parte à impunidade dos integrantes de órgãos de repressão da ditadura. “A violência da ditadura era contra opositores. Hoje, é contra pobres, negros, favelados, moradores da periferia. Como nunca um militar foi punido, hoje fazem uma limpeza social no País”. (Estado de S. Paulo)

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