domingo, 10 de abril de 2011

Ribeirinhos baianos temem impacto de complexo nuclear

Questão energética é "sina" do nordestino tanto quanto os projetos de combate à seca

O sertanejo tem uma sina. E ela vai além da falta de água, da terra rachada, da estrada esburacada, das costas doídas pelo manejo da enxada. O nome desta sina poderia ser o esquecimento, diriam os mais apressados. Do outro lado, prontamente gritariam: estão errados. O sertão está nas lembranças, nas planilhas, nos projetos que se transformam em grandes empreendimentos. A sina do sertanejo chama-se energia. Foi em nome dela que o Rio São Francisco engoliu cidades inteiras para a instalação de barragens e usinas hidroelétricas. Entre elas estava a pacata Rodelas e o distrito de Barra do Tarrachil, em Chorrochó, que em 1988 deram lugar à Barragem de Itaparica. As memórias foram submersas, as casas reconstruídas alhures e a sina permaneceu. Ela retorna na forma do Complexo Nuclear do Nordeste, disputado por sete municípios ribeirinhos, incluindo dois em território baiano. Leia mais em A Tarde.

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