sábado, 8 de janeiro de 2011

MST ocupa três fazendas para pressionar governo Alckmin

Militantes do MST

Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam três fazendas no interior de São Paulo entre a manhã de quarta-feira e a madrugada de hoje para pressionar o governo paulista a acelerar a reforma agrária. A jornada de ações, iniciada na terça-feira com a invasão do escritório regional da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) por 300 membros da entidade, já mobilizou 1.250 famílias. Em carta aberta, o MST ameaça com novas ações: “Ou faz a reforma agrária, ou o bicho vai pegar.” A fazenda Rancho Alegre, em Castilho, foi tomada por 400 famílias de madrugada. Os sem-terra chegaram num comboio de caminhões e ônibus, cortaram a cerca e iniciaram a montagem do acampamento. De acordo com o movimento, a propriedade de 500 hectares foi considerada improdutiva. As lideranças querem o assentamento “imediato” de mil famílias que estão acampadas na região. “A ocupação é um posicionamento público para exigir a reforma agrária”, informa nota distribuída pelo movimento. Advogados da proprietária do imóvel, Eliana Ribas Vicente, entraram com pedido de reintegração de posse e aguardam a decisão da Justiça. Em Cafelândia, região centro-oeste do Estado, 200 sem-terra invadiram a fazenda Bertazzoni, do Grupo Bertazzoni. O objetivo, segundo o MST, é pressionar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a acelerar o processo de desapropriação ou compra de outras quatro propriedades na região.  No município de Serrana, região norte, foi invadida a fazenda Martinópolis, pertencente à usina de cana-de-açúcar Nova União. A Justiça atendeu pedido da empresa e mandou despejar os invasores. Policiais militares cumpriam a liminar de reintegração de posse, apesar da resistência dos 350 sem-terra. Depois de seis horas de negociação, eles concordaram em desmontar os barracos e iniciaram a mudança para a área de um assentamento. (Agência Estado)

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