sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

EXCLUSIVO: Briga de Félix Mendonça com concorrente leva ACM Neto a se desentender com Luis Eduardo

Uma matéria publicada em duas páginas na edição de hoje do jornal Correio da Bahia com denúncias de compra de votos contra o deputado federal Félix Mendonça Jr. (PDT) voltou a expor as divergências internas na família do ex-senador ACM, existentes desde a sua morte, entre o deputado federal ACM Neto (DEM) e seu primo, o empresário Luis Eduardo Magalhães Filho, filho do ex-presidente da Câmara Luis Eduardo.Irritado com o que considerou “perseguição” contra Félix, alvo de reportagem do
Correio praticamente com o mesmo teor há cerca de dois meses, o parlamentar resolveu dizer publicamente que não concordava com a publicação. Neto teria se sentido desautorizado pelo primo, de quem é sócio na Rede Bahia, proprietária do Correio, porque foi procurado por Félix, desde a publicação da primeira matéria, com explicações que o teriam convencido da inocência do pedetista.Então, em suposta combinação com o Luis Eduardo Filho, o democrata teria prometido ao parlamentar eleito que o veículo não seria usado como instrumento de seus adversários para atacá-lo. Por trás da repetição das acusações contra Félix no jornal estaria uma disputa empresarial entre ele, que é dono da construtora MRM, e um  concorrente. O nome que aparece com mais frequência como adversário de Félix no campo empresarial é de Alcebíades Barata Filho.Barata chegou a prometer acionar na Justiça a ex-superintendente da Sucom Kátia Carmelo, depois que ela o acusou de fazer parte de um esquema na Prefeitura que permitia a empresas imobiliárias aumentarem a área de edificação na construção de prédios em áreas nobres e na orla de Salvador. Entre funcionários da Rede Bahia, comenta-se que o empresário, por intermédio de amigos, teria se aproximado de Luis Eduardo Filho da Rede Bahia e incentivado a redivulgação da matéria contra Félix.O afastamento de ACM Neto do comando editorial dos veículos foi pactuado logo após a morte do senador ACM, quando a Rede Bahia, incluído aí principalmente o jornal, concluiu que precisava se reinventar para ganhar mercado e se autosustentar, depois de anos de alinhamento com o governo do Estado, comandado pelo grupo político de ACM por quase duas décadas ininterruptas.Hoje, além da dificuldade natural de controlar o ímpeto de influir nas edições do jornal e das TVs, ACM ainda viveria o dilema decorrente do fato de que ninguém nos meios políticos acredita que ele não exerce mais influência editorial sobre os veículos. No caso de Félix, o problema teria ficado ainda maior, porque, segundo se comenta à boca pequena, por ocasião da publicação da primeira matéria, Luis Eduardo Filho teria ligado para o pedetista atribuindo a origem da reportagem a um pedido do primo.O fato teria colocado Neto numa situação dificílima, dadas as relações familiares antigas entre os Magalhães e os Mendonça.

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