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Manifestantes do MST |
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) pode esperar pressão dos movimentos de luta pela terra, pelo menos no início do seu governo. O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e outros grupos que defendem a reforma agrária preparam ações para cobrar a retomada dos assentamentos no Estado. De acordo com as lideranças, o objetivo é recuperar o tempo perdido durante a gestão Serra. “O Alckmin é mais aberto ao diálogo do que o antecessor, mas a gente sabe que não pode ficar esperando que ele nos receba. Vamos fazer pressão”, avisou o líder Clédson Mendes, da direção estadual do MST. Ele detalhou que haverá ocupações, caminhadas e marchas. “Acredito que com o PSDB não há outra forma de negociar”.
A invasão hoje do escritório regional da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), órgão do governo do Estado, ocupada por militantes, em Presidente Prudente, foi apenas um começo, segundo ele. “É só para dar o tom de como vai ser a cobrança. Queremos que o governador cumpra a Constituição e destine as terras já declaradas devolutas no Pontal do Paranapanema para a reforma agrária”. O alvo inicial do MST são os 92,6 mil hectares do 15º Perímetro, no Pontal, que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou devolutas. A área, quase do tamanho do município do Rio de Janeiro, compreende uma larga faixa de terra entre os rios Paraná e Paranapanema que vai da cidade de Euclides da Cunha Paulista a Teodoro Sampaio. As terras estão ocupadas por fazendas de criação de gado, lavouras e até uma usina de açúcar e álcool. (Agência Estado)
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