segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Educação lidera reivindicações de juventude sul-americana, mostra Ibase

A juventude sul–americana é mais escolarizada atualmente do que as gerações passadas. Essa é uma das constatações do estudo feito nos últimos três anos com jovens de seis países da América do Sul (Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia) pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Instituto Polis e mais seis organizações parceiras. “Independente da faixa de escolaridade os jovens estão mais avançados”, afirmou à Agência Brasil a pesquisadora do Ibase, socióloga Patrícia Lânes, membro da equipe técnica geral da pesquisa.Apesar desse avanço, a educação continua aparecendo como uma das mais fortes demandas entre os jovens organizados, segundo o estudo, que será divulgado na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. “Temos movimentos importantes de estudantes tanto no Brasil, como no Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia, reivindicando uma educação de melhor qualidade”, disse a socióloga.No caso do Brasil, os jovens priorizam a questão do passe livre ou da meia passagem, como forma no transporte público. O mesmo ocorre nos movimentos de jovens do Paraguai. Já no Chile, Patrícia Lânes revelou que a maior luta é a favor de mudanças na legislação em relação à educação pública. A lista elaborada pelo Ibase e seus parceiros prioriza, ainda, reivindicações da juventude sobre cultura, segurança pública e respeito aos direitos humanos, meio ambiente, transportes, saúde, moradia e participação.Outro aspecto de destaque na pesquisa sobre a juventude da América do Sul é a questão do acesso à internet, a chamada conectividade. Essas três características (escolaridade, religiosidade e acesso à internet) são comuns à atual geração de jovens, embora existam distinções entre os que moram em áreas urbanas e rurais, observou Patrícia.Segundo ela, a internet é um dado novo que faz parte de uma realidade que se impõe para quem já nasceu em um mundo que tem no computador uma ferramenta social e de trabalho, diferentemente do que ocorria com as gerações passadas. O que vai mudar é o que eles estão entendendo como qualidade, independentemente do tipo de movimento”. Fonte: UOL/ Agência Brasil/ Onda Jovem

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