sábado, 1 de dezembro de 2012

Terreiro de candomblé será desativado por decisão judicial

Uma disputa judicial pelo terreno de 878 metros quadrados em Campinas de Brotas teve parecer favorável pela desocupação da área que abriga o terreiro de candomblé Ilê Axé Ayrá Izô. O local é disputado por herdeiros de Ângelo Gagliano que teria doado o terreno verbalmente como retribuição após ter alcançado graças através do caboclo Mina de Ouro, que é cultuado no espaço religioso. Pela sentença da Justiça, o terreiro será desativado na segunda-feira (3). A ação, que não especifica que o terreno abriga um terreiro, tramita há dez anos. Os herdeiros de Ângelo Gagliano alegam no documento que a  doação não tem caráter legal, pois não há documentos oficiais que deixem  comprovada a concessão do espaço. A ordem de despejo recebida pelo advogado do terreiro,  Paulo Asper, não cabe mais recurso. Para o babalorixá do  Ilê Axé Ayrá Izo, Franklin Santos, representantes da comunidade religiosa já tentaram firmar um acordo com os herdeiros de Gagliano desde o início da disputa judicial, mas não tiveram sucesso. "Judicialmente, já não há mais o que fazer, mas o que esse terreno abriga não são apenas  blocos de concreto. É a cultura religiosa de uma comunidade", afirmou ao jornal A Tarde. O caso é acompanhado pelo Ministério Público baiano, que deve se posicionar na próxima semana, e pela Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi). "Trata-se de um espaço religioso e cultural tradicional. Nenhuma ordem judicial justifica o despejo. Nosso papel é tentar intervir da melhor maneira possível", disse o secretário Elias Sampaio. Já o  presidente da Comissão de Promoção da Igualdade da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado estadual Bira Corôa (PT-BA),  contou oficializará, em caráter de urgência, o pedido de  tombamento provisório do terreiro.(Bahia Noticias)

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