quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Deputada promete representar contra empresário da New Hit, fala sobre Lei Antibaixaria no interior e diz que cubana não foi hostilizada na Bahia

Emerson Nunes
                                               Deputada Luiza Maia (PT)
Depois de garantir a aprovação da Lei Antibaixaria, sancionada em abril do ano passado, a deputada estadual Luiza Maia (PT) prometeu “fazer uma cruzada” para que os municípios aprovem versões municipais da Lei e evitem a utilização de dinheiro público em eventos no interior do estado. “Estamos apresentando o kit antibaixaria, alguns textos e ensaios sobre a importância da Lei para pedir a eles que encaminhem para que as Câmaras no interior da Bahia aprovem as suas leis”. Luiza Maia garantiu, em entrevista à Rádio Sociedade, que vai lutar pela ampliação da Lei para proibir que empresas privadas patrocinem eventos com artistas que tenham músicas ofensivas às mulheres. “Nós vamos estar no pé das empresas que patrocinarem eventos como esses e divulgar que a empresa tal apoia o estupro. As empresas tem responsabilidade social. Qual o direito que uma empresa tem de patrocinar bandas como essa?”.
A deputada está acompanhando de perto as audiências de instrução dos pagodeiros da banda New Hit, acusados de estuprar duas adolescentes no município de Ruy Barbosa em 26 de agosto de 2012. “A nossa preocupação é que os componentes da banda contrataram um advogado riquíssimo. Só lá em Ruy Barbosa eles tinham doze advogados querendo amedrontar as pessoas, e as meninas só tinham dois advogados”. A petista prometeu acionar judicialmente o empresário após a declaração que a banda ficou mais conhecida depois do episódio. “Vou representar no Ministério Público contra o empresário, o tal do Sacramento, a fala dele é um incentivo ao estupro. Ele foi depor e disse que o que era ruim virou bom porque a banda ficou conhecida. Ele está incentivando o estupro e no nosso país o estupro é crime hediondo”. Eu estou lutando para que eles sejam condenados porque eu não me conformo. O Ministério Público já denunciou a todos como criminosos. O estuprador da promotora não está preso? Só porque as meninas são pobres os estupradores não podem ser presos?”, questionou.
Sobre a tumultuada estadia da blogueira cubana, Yoani Sánchez, que foi recebida com protestos nos aeroportos de Salvador e Feira de Santana, ela desconversou.”Eu não acho que ela não foi hostilizada não. Se ela é uma pessoa pública tem que aceitar o protesto. Se o povo cubano aceitou esse governo durante tanto tempo é porque contempla isso. Ela tem que relaxar e aceitar os protestos, quem estar na vida pública tem que estar preparado para ser aplaudido e para ser vaiado”, concluiu.

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