Emerson Nunes
Deputada Luiza Maia (PT)
Depois de garantir a aprovação da Lei Antibaixaria, sancionada
em abril do ano passado, a deputada estadual Luiza Maia (PT) prometeu
“fazer uma cruzada” para que os municípios aprovem versões municipais da
Lei e evitem a utilização de dinheiro público em eventos no interior do
estado. “Estamos apresentando o kit antibaixaria, alguns textos e
ensaios sobre a importância da Lei para pedir a eles que encaminhem para
que as Câmaras no interior da Bahia aprovem as suas leis”. Luiza Maia
garantiu, em entrevista à Rádio Sociedade, que vai lutar pela ampliação
da Lei para proibir que empresas privadas patrocinem eventos com
artistas que tenham músicas ofensivas às mulheres. “Nós vamos estar no
pé das empresas que patrocinarem eventos como esses e divulgar que a
empresa tal apoia o estupro. As empresas tem responsabilidade social.
Qual o direito que uma empresa tem de patrocinar bandas como essa?”.
A deputada está acompanhando de perto as audiências de instrução dos
pagodeiros da banda New Hit, acusados de estuprar duas adolescentes no
município de Ruy Barbosa em 26 de agosto de 2012. “A nossa preocupação é
que os componentes da banda contrataram um advogado riquíssimo. Só lá
em Ruy Barbosa eles tinham doze advogados querendo amedrontar as
pessoas, e as meninas só tinham dois advogados”. A petista prometeu
acionar judicialmente o empresário após a declaração que a banda ficou
mais conhecida depois do episódio. “Vou representar no Ministério
Público contra o empresário, o tal do Sacramento, a fala dele é um
incentivo ao estupro. Ele foi depor e disse que o que era ruim virou bom
porque a banda ficou conhecida. Ele está incentivando o estupro e no
nosso país o estupro é crime hediondo”. Eu estou lutando para que eles
sejam condenados porque eu não me conformo. O Ministério Público já
denunciou a todos como criminosos. O estuprador da promotora não está
preso? Só porque as meninas são pobres os estupradores não podem ser
presos?”, questionou.
Sobre a tumultuada estadia da blogueira cubana, Yoani Sánchez, que
foi recebida com protestos nos aeroportos de Salvador e Feira de
Santana, ela desconversou.”Eu não acho que ela não foi hostilizada não.
Se ela é uma pessoa pública tem que aceitar o protesto. Se o povo cubano
aceitou esse governo durante tanto tempo é porque contempla isso. Ela
tem que relaxar e aceitar os protestos, quem estar na vida pública tem
que estar preparado para ser aplaudido e para ser vaiado”, concluiu.
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