Falso médico deixou cadeia três dias após ser preso em flagrante
O chefe da 12ª Coordenadoria de Polícia do Interior da Bahia
(Coorpin/Itaberaba), delegado João Uzzum, responsável pelas
investigações das atividades do falso médico que atuava em vários municípios da Chapada Diamantina desde 2012,
solicitou a exumação do corpo de Júlio Cesar Batista do Nascimento, que
era morador de Andaraí, e morreu de parada cardíaca no dia 28 de março
último. O estelionatário Pedro Henrique Marques de Almeida foi preso em
flagrante em uma operação conjunta entre a Polícia Civil e o Conselho
Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) quando exercia ilegalmente a
profissão no Hospital Municipal de Boa Vista do Tupim, em abril deste
ano. “A vítima sofria de cirrose hepática, e como já tem um bom tempo
que o cadáver foi enterrado, solicitamos a exumação, para que o médico
legista possa afirmar a causa morte, ou seja, se decorreu do agravamento
da doença hepática ou se foi de erro do falso médico. Mas só podemos
emitir juízo de valor após o laudo técnico”, afirmou o delegado Uzzum ao
Jornal da Chapada. Ainda segundo informações do Jornal da Chapada,
assim que tomou conhecimento da prisão em flagrante do falso médico,
João Batista do Nascimento, irmão da vítima, procurou a delegacia de
Itaberaba e prestou queixa. Ele acusou Almeida de ser o responsável pela
morte do seu parente.
Apesar da prisão em flagrante, o falso médico deixou a cadeia
três dias após a prisão e responde o processo em liberdade. “Não houve
nenhuma ilegalidade na soltura do falso médico. Aconteceu porque a
Legislação brasileira permite a concessão de liberdade provisória nestes
casos, mas ele continua respondendo o processo em liberdade, estando
sujeito, se condenado ao final, a alguma pena”, explicou o chefe de
polícia, que informou ainda que o inquérito já está em fase de conclusão
e será remitido à Justiça.
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