No programa, o deputado Bolsonaro, ao responder diversas perguntas, entre elas uma da cantora Preta Gil, que o questionou sobre sua postura caso um de seus filhos namorasse uma mulher negra, disse que "seus filhos não cometeriam essa promiscuidade, pois receberam uma boa criação" e que não andam com pessoas do convívio da cantora. O parlamentar disse ainda que seu filho jamais seria homossexual, pois o mesmo havia recebido "boa educação".
"Esta Casa precisa deixar de tratar o deputado Jair Bolsonaro como um folclore. Esse deputado que se referiu a uma artista, mulher negra, a Preta Gil, de forma preconceituosa, várias vezes, aqui deste microfone, já pediu o fechamento do Congresso Nacional. Então, a Casa não precisa e não pode mais tratá-lo como um folclore. Essa questão precisa ser tratada como algo muito grave", protestou o deputado Luiz Alberto, presidente da Frente Parlamentar Mista pela Igualdade Racial e em Defesa dos Quilombolas.
Luiz Alberto lembrou também de outro recente episódio envolvendo declarações racistas de parlamentares: "Ontem, foi o deputado Júlio Campos (DEM-MT) que se referiu ao único ministro negro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, como ‘aquele moreno-escuro'. Ou seja, repete-se diariamente a atitude racista. Recordo aqui que o racismo é crime"! "Não se deve tratar um crime imprescritível, inafiançável, portanto grave, como se não o fosse. Esse Deputado terá que responder, perante esta Casa, por quebra de decoro parlamentar", denunciou Luiz Alberto.
A cantora Preta Gil se pronunciou, indignada, em seu Twitter, ao saber das declarações do deputado Bolsonaro. "Advogado acionado, sou uma mulher Negra, forte e irei até o fim contra esse deputado, racista, homofóbico,... conto com o apoio de vocês", postou no microblog.
Equipe Informes com Assessoria Parlamentar
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