
A Romaria dos Mártires na Diocese de Barra, a Missão da Terra de Senhor do Bonfim - a segunda mais antiga depois da Romaria de Bom Jesus da Lapa -, as Romarias da Terra de Itabuna e Ilhéus, a Romaria das Águas de Sobradinho, a Romaria da Terra e das Águas de Ruy Barbosa e a Romaria de Pau de Colher, foram lembradas, juntamente com a história dos lutadores e lutadoras do campo que originaram muitas dessas romarias. “Fazer memória é a coisa mais bíblica e subversiva que há. Para nós cristãos é cumprir o mandato de Jesus, é cumprir o êxodo da passagem”, reflete Claudiomiro.O lavrador Reinaldo dos Santos foi um dos participantes do seminário. Ele que já esteve presente em oito Romarias da Terra e das Águas é um dos mobilizadores de romeiros do Povoado de Flores, na cidade de Morro do Chapéu. “O que mais me impressiona na Romaria é a luta do povo em defesa da terra”, relata. Para ele, o seminário serviu para saber mais sobre essas manifestações de fé e luta que acontecem em todo o estado. “Gostei do aprofundamento litúrgico. Mostrou que apesar de haver várias mudanças, o que mais importa é respeitar e mostrar a tradição do povo”.Regina de Carvalho participa há 10 anos da coordenação da Romaria da Terra e das Águas e acredita que as reflexões realizadas no seminário influenciarão em mudanças futuras na Romaria. “Devemos intensificar essa liturgia encarnada com a vida. A liturgia parte da simplicidade e devemos reafirmar isso”, explica. Para Claudiomiro, os relatos dos agentes e das pessoas envolvidas com as Romarias ajudaram a reafirmar o compromisso com a justiça e a reforma agrária. “As Romarias expressam o mundo de igualdade e fraternidade que queremos”, finaliza.(Ascom/CPT-BA)
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